Cortes na Ciência são opção de Temer e aliados
A decisão do governo Temer em reduzir o orçamento da CAPES e do CNPq mostra claramente o perfil do atual governo.
Temer e seus aliados apostam em isenção fiscal e no perdão da dívida de banqueiros e do agronegócio, entre outros grandes empresários, abrindo mão de dinheiro que poderia ser usado para financiar a pesquisa pública, bem como a saúde, as universidades e os institutos federais.
O gráfico abaixo mostra algumas opção do atual governo e de seus aliados. Em relação aos bancos, os valores de perdão das dívidas superaram em 2017 o montante de 27 bilhões de reais. Apenas o Itaú recebeu perdão de R$ 25 bilhões no ano passado.
O total de dívidas perdoadas pelo governo Temer em 2017 foi estimado em R$ 62 bilhões, apenas através do Refis. Para os empresários do agronegócio está em curso um perdão de aproximadamente R$ 17 bilhões, através da MP 842 – editada por Temer.
As pensões para filhas de militares vão superar, em 2018, a cifra de R$ 5 bilhões. O custo da intervenção militar no RJ, sem que haja qualquer ganho mensurável em segurança, foi estimado em R$ 3,6 bilhões anuais.
Um dos grande escárnios dos aliados de Temer é a manutenção da isenção de tributos para fabricação de concentrados de refrigerantes na Zona Franca de Manaus, que beneficia diretamente empresas do porte da Coca-Cola e Ambev com valores que atingem quase 2 bilhões de reais anuais. O Senado aprovou recentemente a manutenção desse privilégio. O valor anual desta isenção seria suficiente para financiar as bolsas da CAPES por cerca de 6 anos, se considerarmos o patamar de financiamento de 2018.
Os valores de investimento em ciência e tecnologia, no Brasil, vêm reduzindo significativamente desde 2014, ainda no governo Dilma. O valor de 2017, já no governo do golpista Temer, significou quase a metade do investimento de 2005, conforme mostra o gráfico elaborado pela Agência Câmara a partir de dados da Finep (acima).
Venha lutar contra os cortes na ciência, em defesa da pesquisa pública e do financiamento à formação de professores. Fortaleça seu sindicato. Filie-se ao ANDES Sindicato Nacional.
Fontes: Agência Câmara; O Globo; Notícias Agrícolas; Carta Capital; Estadão.