Seminário nacional reafirma o Ensino Médio Integrado

Por sindoif

Entre os dias 7 a 9 de agosto, foi realizado em Brasília o II Seminário Nacional sobre Ensino Médio Integrado (EMI), promovido pelo Fórum de Dirigentes de Ensino do CONIF. Estavam presentes, educadores(as) e estudantes, principalmente da Rede Federal EPT. Nesse evento, foi encaminhada a necessidade de reafirmar o EMI como opção  política de resistência contra-hegemônica, por uma educação pública de qualidade contra as políticas de precarização da educação brasileira.

O governo Temer e setores aliados, atacam a educação pública com a Reforma do Ensino Médio, o MedioTec, o Movimento Escola Sem Partido, além dos cortes de recursos a partir da EC 95. Foi discutida a necessidade de resistência democrática contra os ataques e a não implementação da Reforma do Ensino Médio. Nossa Rede, de reconhecida qualidade de ensino, deve colocar-se como referência para o Ensino Médio realizado nas demais redes. Não devemos exigir que os estudantes optem por um itinerário formativo, mas sim seguir oferecendo todos componentes curriculares integrados à educação profissional e tecnológica.

A educação profissional integrada ao Ensino Médio, principalmente a oferecida pelos Institutos Federais (IFs), já demonstrou sua qualidade na prática e é o modelo a ser seguido na busca da melhoria do Ensino Médio brasileiro. Porém, o governo Temer esconde o desempenho dos IFs nas avaliações externas, preferindo importar um modelo de ensino médio, que não dá certo em lugar algum do mundo. Desta forma, pretende atender aos interesses do grande empresariado que atua na educação e que ajudou a financiar o Golpe.

O Trabalho como Princípio Educativo, a Pesquisa e a Extensão como princípios pedagógicos são alguns dos conceitos que fundamentam a concepção de Ensino Médio Integrado que defendemos. Assim, se tem no horizonte uma educação politécnica que garanta as diferentes dimensões da formação humana, considerando o trabalho, a ciência, a tecnologia e a cultura, configurando uma formação integral. Estes princípios não podem ser negados à juventude brasileira a partir de um ensino médio precarizado e de formação fragmentada, como o proposto pelo atual governo.

No II Seminário do Ensino Médio Integrado, também, se discutiu um documento para ser aprovado pelo CONIF como posição oficial da nossa Rede. Porém, ficou nítida a importância de nos movimentarmos em relação aos nossos dirigentes para cobrar posições em defesa do EMI e da educação pública, gratuita e de qualidade socialmente referenciada. Não podemos mais aceitar Campi sem EMI em nossos IFs, pois precisamos construir essa resistência contra a precarização do ensino médio brasileiro fazendo o que sabemos fazer melhor e o que é a nossa prioridade.

No IFRS teremos Seminário sobre EMI e PROEJA nos dias 16 e 17 de agosto no Campus Porto Alegre. É muito importante a nossa participação nesta discussão. Vamos mobilizar.

Leia aqui o livro Ensino Médio Integrado no Brasil – fundamentos, práticas e desafios.

 

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