Manifesto em defesa da Democracia e da Educação Pública

Por sindoif
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Nota Oficial do Sindoif SSind – Seção Sindical do ANDES-SN no IFRS.

Estamos vivendo um momento político difícil em nosso país, em que a cultura conservadora de estímulo ao ódio às diferenças e de desprezo aos trabalhadores e trabalhadoras pobres se dissemina e ganha representação política em determinada candidatura à presidência da república.

A educação pública está sob ataque deste movimento, a partir de ações como o escola sem partido, que não passa de um movimento de perseguição contra educadores e educadoras progressistas, baseado em ideologias totalitárias que procuram impor apenas um lado da história como verdade.

Setores majoritários da sociedade brasileira também estão sendo atacados, ideológica e fisicamente com a violência do machismo, racismo, xenofobia, LGBTfobia e demais formas de discriminação.

A democracia está em risco também pela possibilidade de liberação das armas e com o aumento da ação de militares em busca do controle político do país. Setores das forças armadas reeditaram o anticomunismo, agora encarnado no antipetismo, como tática de guerra contra qualquer organização política que questione a sociedade desigual em que vivemos e que lute por mais justiça social ou direitos humanos básicos.

Por estes motivos, os professores e as professoras filiados/as ao Sindoif SSind – Seção Sindical do ANDES-SN no IFRS vem a público manifestar seu apoio à candidatura de Fernando Haddad para a presidência da República nas eleições de 28 de outubro, como forma de enfrentar e combater o movimento fascista em ascensão no Brasil, representado pela outra candidatura.

Para além dos argumentos, o combate ao fascismo é efetivo quando se atinge as bases materiais desse fenômeno. Hoje, elas são o desemprego e a retirada de direitos que desesperam o povo, fazendo com que alguns setores estejam atrelados irracionalmente ao discurso de ódio. A verdadeira solução é o investimento público em educação, em saúde, na geração de empregos, na diminuição da jornada de trabalho, na valorização do salário mínimo, no fortalecimento do serviço público e das estatais sob controle popular.

Os fascistas, como Bolsonaro e parte de seus aliados, defendem os padrões mais arcaicos da sociedade burguesa, de forma intolerante, sem respeitar diferenças. Defendemos a pluralidade e todas as potencialidades da espécie humana, em termos imediatos, através da ampliação dos direitos para as mulheres, negros, LGBTs, quilombolas e indígenas.

É importante lembrar que foi nas entranhas deste sistema político podre que se fortaleceram as candidaturas da extrema-direita. Precisamos enfrentar aqueles que visam implantar a reforma da previdência, a retirada de direitos trabalhistas e as privatizações. Mais do que nunca é necessária uma reforma política de verdade, que fortaleça os partidos, retirando a influência privada das campanhas, com financiamento público e igualdade de condições na disputa.

A sobrevivência da educação pública de qualidade, dos Institutos Federais e das Universidades Públicas depende da imediata revogação da emenda constitucional 95, que congelou os investimentos públicos por 20 anos. A revogação da contrarreforma do Ensino Médio também é fundamental para a construção de uma educação pública de qualidade em nosso país. O futuro das novas gerações depende de mais investimento em educação e em saúde. Para termos isso, precisamos garantir o ambiente democrático para mantermos nossas lutas em andamento e avançarmos rumo a uma sociedade mais igualitária.

Acreditamos que as eleições são mais uma batalha na luta contra os retrocessos. Porém, estes não serão derrotados plenamente se não formos às ruas, organizados enquanto trabalhadores e trabalhadoras em nossos sindicatos.

Apesar de nossa manifestação em favor do voto na candidatura de Fernando Haddad, no dia seguinte ao pleito voltaremos ao espaço de representação exclusiva e combativa dos/as trabalhadores/as em educação dos Institutos Federais, sem qualquer vínculo com o futuro governo. Mas não podemos deixar, nesse momento, de indicar que o fascismo, antes de tudo, precisa ser barrado.

Não permita, pelo seu voto, que o país siga o caminho do ódio, da apologia da morte e das armas. Use seu voto para que o país siga o caminho da educação e do conhecimento. Reafirme a democracia a partir do seu voto. Vote contra o fascismo! Vote Haddad, 13!

Somos todos/as antifascistas! Sindicato é pra lutar, não para assistir!

 

 

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