Sindicatos debatem educação e democracia no IFRS
Nesta quarta, 24, o Andes, a Assufrgs e o Sinasefe realizaram debate sobre os ataques contra a democracia, a educação e o serviço público.
Com a presença de David Lobão, professor do IFPB e coordenador geral nacional do Sinasefe, de Márcia Tavares, servidora da UFRGS e coordenadora da Assufrgs Sindicato, e de Mário San Segundo, professor do IFRS e tesoureiro da Regional RS do ANDES-SN, foi realizado no Auditório da Torre Sul do Campus Porto Alegre um debate sobre os ataques sofridos pelos Institutos Federais e Universidades Públicas.
O dirigente nacional do Sinasefe, David Lobão, apresentou os riscos que se apresentam no horizonte dos Institutos Federais, em especial o fim do ensino médio integrado (EMI), grande diferencial da Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica no país. Lobão reforçou que o MEC, em reunião recente com a presença dos Pro-Reitores de Ensino e de inúmeros representantes do Sistema S, anunciou que será função dos IFs trabalhar apenas os ‘percursos formativos’ estabelecidos na contrarreforma do ensino médio, deixando para as escolas estaduais e municipais a formação geral dos alunos. O dirigente do Sinasefe ressaltou que tal proposta extingue, na prática, a modalidade integrada do ensino médio. E poderá significar, no futuro, a própria entrega dos Institutos Federais para ‘gestão’ do Sistema S.
Lobão informou que irá sugerir ao ANDES e a FASUBRA a criação de um fórum permanente que reúna essas entidades e o SINASEFE. Esse fórum nacional teria, a princípio, a participação de 3 integrantes de cada sindicato, com a função de articular a luta contra o desmanche dos Institutos Federais e das Universidades Públicas.
Para Márcia Tavares, da coordenação da Assufrgs Sindicato, são inúmeros os desafios da atual conjuntura. Mas a centralidade deve ser o enfrentamento à candidatura que representa o fascismo, até as eleições do próximo domingo. A Assufrgs, segundo Márcia, defende abertamente o voto em Haddad para barrar o fascismo, decisão tomada em assembleia da categoria. A entidade elaborou diferentes materiais de divulgação e tem uma agenda de contato com a população para apontar os riscos a própria continuidade de uma educação pública de qualidade na hipótese de vitória do candidato fascista.
Para Mário San Segundo, do ANDES-SN, o fundamental neste momento é barrar o fascismo nas ruas e nas urnas. Mário também apresentou os materiais elaborados pelo Sindoif – Seção do ANDES-SN no IFRS, e ressaltou a decisão desta seção sindical em chamar voto em Haddad. Disse que esta decisão foi difícil, pois normalmente não cabe a um sindicato apoiar uma ou outra candidatura. Mas o cenário de desmonte da educação pública, de ataques frontais aos direitos básicos da população e de retórica fascista deve ser enfrentado de forma decidida e clara, comentou o professor do Campus Viamão.
No final do debate foi apresentada uma agenda de atividades para a reta final da campanha em Porto Alegre, que pode ser consultada na página da Assufrgs. Convocamos todos e todas a se somar as atividades e construir a vitória nas urnas e nas ruas. Nos campi do IFRS da região metropolitana, a orientação é fazer panfletagens aos finais de tarde, abordando a população para falar dos riscos de desmanche dos Institutos Federais. Some-se a este esforço para construir a virada!