Presos milicianos acusados da execução de Marielle

Por sindoif

Policiais da Divisão de Homicídios da Polícia Civil e promotores do Ministério Público do Rio de Janeiro prenderam, por volta das 4h30 desta terça-feira (12), o policial militar reformado Ronnie Lessa, de 48 anos, e o ex-policial militar Élcio Vieira de Queiroz, de 46 anos, acusados da execução de Marielle e Anderson.

De acordo com a promotoria, “a empreitada criminosa foi meticulosamente planejada durante os três meses que antecederam o atentado”. A denúncia da Promotoria identifica o sargento reformado da PMRJ Ronnie Lessa como executor do crime. O segundo suspeito preso foi o ex-policial militar Élcio Vieira de Queiroz, 36. Ele estaria, segundo o Ministério Público, no carro quando os tiros foram disparados.

O sargento reformado Ronnie Lessa foi preso em sua residência, um condomínio de luxo na zona sul do Rio, o mesmo onde morava o então deputado Jair Bolsonaro à época do crime. O ex-PM Élcio Queiroz foi preso em sua casa no Engenho de Dentro, zona Norte da capital carioca.

O deputado federal Marcelo Freixo (PSOL) disse que, apesar das duas prisões, o caso “não está resolvido”. Amigo de longa data e correligionário de Marielle, Freixo questionou: “A mando de quem?“. “São prisões importantes, são tardias. É inaceitável que a gente demore um ano para ter alguma resposta. Então, evidente que isso vai ser visto com calma, mas a gente acha um passo decisivo. Mas o caso não está resolvido. Ele tem um primeiro passo de saber quem executou. Mas a gente não aceita a versão de ódio ou de motivação passional dessas pessoas que sequer sabiam quem era Marielle direito”, disse Freixo.

A ação foi batizada de Lume, em referência ao Buraco do Lume, praça no centro do Rio em que parlamentares do PSOL costumam se reunir para falar de seus mandatos, toda sexta-feira. Marielle tinha um projeto no local chamado Lume Feminista.“É inconteste que Marielle Francisco da Silva foi sumariamente executada em razão da atuação política na defesa das causas que defendia”, diz a denúncia do Ministério Público. O crime bárbaro completa um ano nesta quinta-feira (14).

Na esquina democrática, em Porto Alegre, neste dia 14 (quinta), a partir das 18h, voltaremos a cobrar justiça. E exigir a resolução definitiva deste bárbaro crime de feminicídio político. Com a identificação dos mandantes e de quem acobertou os milicianos executores.

Foto: Globo.

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