Câmara aprova desmanche da previdência
Na madrugada de quarta, 7, a Câmara dos Deputados aprovou em 2º turno o texto base do desmanche da previdência, pelo placar de 370 votos favoráveis, 124 contrários e 1 abstenção.
O único deputado que marcou abstenção foi Alexandre Frota (PSL/SP), que chegou a ser coordenador da bancada do partido de Bolsonaro na Comissão Especial que tratou da previdência.
Mas a votação de 370 deputados favoráveis ao texto ficou bem acima da margem necessária, que era de 308 votos. Em relação a votação em 1º turno, houve a redução de apenas 9 votos entre os favoráveis a proposta de desmonte do regime previdenciário.
Ao longo da quarta-feira, 7, foram votados os destaques que visavam suprimir algum trecho específico do texto base. Após a análise e rejeição dos destaques o texto do desmanche da previdência foi enviado ao Senado.
Às vésperas da votação de 2º turno na Câmara, o presidente enviou ao Congresso um projeto de de lei que abre “espaço no orçamento” no valor de 3 bilhões de reais (cerca da metade do valor que foi bloqueado em recursos da educação no corrente ano), para a fisiologia partidária do grupo de apoio do desmanche da previdência.
Para o Prof. Mário San Segundo, do Campus Viamão do IFRS, que estava em Brasília acompanhando a votação e integrando o Comando Nacional de Mobilização (CNM) do ANDES-SN, “apesar do ato programado para a frente do Anexo II da Câmara e do impedimento de acesso às galerias do parlamento apenas em relação aos contrários a proposta, enquanto os favoráveis tinham amplo acesso, desde o início da tarde (de terça, 6), os deputados e deputadas já estavam apontando um resultado de aprovação da proposta“. Na foto em destaque aparecem dois dos colegas que compõem a CNM do ANDES-SN no período entre 5 e 9 de agosto de 2019, Mário San Segundo (com a bandeira) e Carlos Schmidt, respectivamente representando o Sindoif ANDES IFRS e a Seção do ANDES na UFRGS.
Agora a luta contra o desmanche da previdência será travada no Senado Federal, que terá que apreciar a proposta oriunda da Câmara também em votação em 2 turnos e com quórum qualificado. No caso do Senado, a votação mínima para aprovação será de 49 votos entre 81 senadores.
Em relação a bancada gaúcha na Câmara Federal, o placar do 2º turno foi exatamente igual ao da votação anterior, 22 votos favoráveis e 9 votos contrários ao desmanche previdenciário. Veja a seguir que foram os gaúchos que votaram contra o direito de aposentadoria dos trabalhadores e das trabalhadoras.