7 de setembro marcado pela defesa da soberania

Por sindoif

O feriado do 7 de setembro foi marcado por manifestações, em todo país, em defesa da educação e da amazônia. 

A população voltou às ruas neste 7 de setembro em defesa da soberania nacional, contra a destruição da Amazônia e os retrocessos na educação pública. As manifestações contra o programa “Future-se” e os cortes nas universidades e institutos federais se somaram ao tradicional “Grito dos Excluídos” em mais uma jornada nacional de protestos contra o governo Bolsonaro.

Em Porto Alegre o ato ocorreu na Redenção, junto ao Monumento do Expedicionário que estava totalmente sitiado pela Polícia do Exército. Ainda assim os manifestantes mantiveram a atividade e saíram em caminhada pela Rua José Bonifácio e o entorno do Parque da Redenção. 

Durante o ato aconteceram algumas manifestações de representantes de sindicatos e movimentos sociais. Pelo Sindoif ANDES IFRS falou o Prof. André Martins (foto em destaque).

No início do ato chargistas mostraram suas obras recentemente cesuradas pela Câmara Municipal de Porto Alegre, por decisão de sua presidente, vereadora Mônica Leal (PP). As charges faziam parte da exposição “Independência em Risco” e foram retiradas do espaço do parlamento da capital em menos de 24h, após solicitação do vereador Mathias Nagelstein (MDB).

Em Canoas aconteceu o “Grito dos Excluídos”, que esse ano foi na Vila Santo Operário, Bairro Mathias Velho, marcando os 40 anos da ocupação da vila feita pela União dos Operários e, também, do assassinato do operário Santo Dias da Silva, ocorrido em setembro de 1979 em plena ditadura militar.

Em todo país as manifestações tomaram ruas e praças, com o povo apresentando a pauta da educação e do meio ambiente.

Em relação a educação, o MEC divulgou esta semana que, em 2020, a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal do Nível Superior (Capes) só terá metade do orçamento de 2019. Na proposta de orçamento para 2020, a perda prevista para a pasta é de 9%. Este ano, a Capes cortou 11 mil bolsas de pesquisa. O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), por sua vez, suspendeu a concessão de novas bolsas e não tem orçamento garantido para pagar as atuais a partir deste mês de setembro. Os dois órgãos são os principais fomentos à pesquisa no ensino superior.

A crise na Amazônia também parece não ter fim. De acordo com dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) e do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), a Amazônia teve mais chuvas, mais queimadas e mais alertas de desmatamento entre janeiro e agosto em 2019 do que nos últimos três anos. Em paralelo, o governo entrega empresas públicas à iniciativa privada, aprofundando a crise e comprometendo o desenvolvimento do país.

Fonte: Brasil de Fato.

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