DESOBEDEÇA BOLSONARO E DEFENDA A SAÚDE E NOSSA GENTE
FIQUE EM CASA! Para salvar vidas, diga não os lucros! Não aceite o comportamento irresponsável de Jair Bolsonaro! Lute em defesa do SUS, do serviço público, da ciência, da tecnologia e da educação!
As ações necessárias para o combate à propagação do coronavírus passam pela adoção do isolamento social na maior escala possível, o que reduz, significativamente, a atividade econômica em todo planeta. São necessárias, ainda, ações de saúde intensas e massivas, como a testagem de pessoas em larga escala, a produção e distribuição de máscaras, luvas, álcool gel e equipamentos diversos – como respiradores – além da montagem de estruturas emergenciais, como hospitais de campanha, para o tratamento dos infectados em situação de risco.
No Brasil, Jair Bolsonaro aprofunda a cada dia o seu isolamento político e, nesse momento, vem sendo tutelado pelos militares. O governo de fato inclui alguns ministros e tem o Congresso e o STF como aliados nas principais questões. Em paralelo, Paulo Guedes toca a política econômica, anunciando os pacotes emergenciais, os quais, em essência, mantêm os princípios neoliberais, favorecendo o grande capital e jogando sobre a classe trabalhadora todo o ônus da crise.
Nosso sistema de saúde está sucateado e nenhuma medida foi anunciada no sentido de reverter o quadro atual de desmonte do SUS. Tal situação, aliada ao altíssimo índice de desemprego e subemprego, ao gigantesco déficit de moradia e a absurda desigualdade social, tornam mais dramáticas as condições de vida do povo trabalhador em meio à pandemia. Desprezando este quadro e parecendo zombar das adversidades vividas pela imensa maioria da população, o ministro Guedes anuncia sua estratégia de, superada a crise, retomar o caminho liberal de avançar na retirada dos direitos dos trabalhadores para viabilizar os lucros e os investimentos privados.
O distanciamento social nos isola e obriga ao uso das tecnologias de comunicação à distância. É um aprendizado brusco para as organizações sociais e políticas da classe trabalhadora, na contramão daquilo que defendemos como comunicação presencial e humanizada. O momento atual, em que não é possível realizar atos massivos de rua, nem reuniões presenciais de organização de atividades de resistência e de luta, é aproveitado pelos aliados de Paulo Guedes para avançar ainda mais nos ataques ao fundo público, aos direitos da classe trabalhadora, às liberdades democráticas.
O governo Bolsonaro/Mourão/Guedes, assim como setores políticos com representação no congresso, tem aproveitado o momento de crise para publicar Medidas Provisórias, decretos, projetos de Lei e até Emendas Constitucionais que objetivam acelerar seu projeto neoliberal de destruição dos direitos do(a)s trabalhadore(a)s e de valorização do capital financeiro.
A crise também revela a importância dos serviços públicos e das políticas sociais, em especial, saúde, ciência, tecnologia e educação. Políticas que foram duramente atacadas pelos diversos governos nestas últimas décadas e especialmente desqualificadas por este último. O Estado brasileiro precisa definitivamente reconhecer que o Sistema Único de Saúde é a nossa condição fundamental para sobrevivência. Tem que reconhecer ainda que são as universidades públicas, os institutos federais e os CEFET que, por meio da ciência e suas pesquisas, podem contribuir para barrar o avanço da pandemia. Tem que reconhecer a importância do(a)s pesquisadores e do(a)s professore(a)s que produzem ciência, que formam novo(a)s profissionais e novo(a)s cientistas.
Finalizada a quarentena a vida não vai voltar a “normalidade”. Definitivamente o mundo que nos aguarda é um mundo que vai atravessar uma profunda crise econômica e social, e, como sabemos pela experiência histórica, o peso da crise continuará a ser repassado para nós, a classe trabalhadora.
Tudo que o neoliberalismo desmontou, com a promessa de dias melhores, está em questão. Porém, a ausência gritante da classe trabalhadora como sujeito político é o fato mais preocupante no que diz respeito ao futuro político. Somente com o protagonismo da classe trabalhadora, esta crise pode se tornar uma oportunidade para uma saída civilizatória e emancipatória da humanidade.
Por isso, nesse momento de isolamento social, entendemos que as tarefas centrais de nossa atuação sindical e social, são:
- Defender a vida acima dos lucros!
- Desenvolver formas de solidariedade ativa entre nossa categoria e entre nossa classe, motivando ações através de nossa seção sindical.
- Defender o ANDES-SN e os sindicatos parceiros, como SINASEFE e FASUBRA, dando visibilidade às ações que estão em curso.
- Fazer das redes sociais o espaço ativo de militância e solidariedade, considerando, sempre que possível, o apoio presencial junto a população mais pobre e vulnerável.
- Manter a mobilização ativa em nossa base sindical, dentro dos limites, para os desafios que teremos no futuro próximo, após superado o momento de isolamento social.
- Defender, todos os dias, a revogação da Emenda Constitucional 95 e a ampliação dos recursos públicos para a saúde, a ciência, a tecnologia e a educação.
Sindicato é pra lutar, não para assistir! Venha para o ANDES Sindicato Nacional e filie-se ao SINDOIF SSIND. Para se filiar, clique aqui.