Política em tempos de pandemia (parte 1): o bloqueio
Na contramão da massiva atuação de profissionais de saúde cubanos em diferentes países, devido a pandemia Covid19, uma empresa norte-americana que comprou companhias provedoras de respiradores artificiais anunciou que não irá mais fornecer equipamentos para Cuba, devido ao bloqueio econômico ao país caribenho. Leia detalhes.
Enquanto a colaboração de profissionais de saúde cubanos se estende por todo planeta, ajudando diversos países a combater a pandemia Covid19, o bloqueio que os norte-americanos impõe ao país caribenho à décadas acaba de cortar o acesso de Cuba a dois (2) de seus fornecedores habituais de respiradores artificiais, um equipamento fundamental para a atenção aos casos graves da enfermidade.
Os fabricantes IMT Medical AG e Acutronic anunciaram o fim dos vínculos com Cuba, logo após serem adquiridos pela empresa estadunidense Vyare Medical Inc, com sede em Illinois (EUA). “Lamentavelmente, a diretriz corporativa que temos hoje em dia é cortar toda a relação comercial com MediCuba“, disse a referida empresa em comunicado oficial dirigido à chancelaria do país caribenho.
A nova medida da empresa Vyare, anunciada no início de abril, teve lugar poucas horas após a declaração do Diretor da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, que fez um apelo aos países para “colocar a política em quarentena” porque “há milhares de vidas em jogo“, em alusão ao perigo que representa o novo coronavírus.
A situação envolvendo as empresas provedoras de respiradores artificiais se soma ao recente caso de doação de suprimentos médicos realizado pela China à Cuba, através da empresa Alibaba, que não pode chegar ao país caribenho porque a empresa de logística norte-americana, contratada para transportar a carga, se negou a fazê-lo alegando que as regulações do bloqueio econômico a impediam.