O CAOS SANITÁRIO NO GOVERNO JAIR BOLSONARO

Por sindoif

O cloroquiner Jair Messias Bolsonaro forçou a saída, em 15 de maio, do segundo ministro da saúde em meio a pandemia do Covid-19, ampliando o caos sanitário no Brasil. Leia detalhes. 

O Ministro da Saúde, Nelson Teich, pediu demissão na tarde desta sexta, 15, em reunião com Jair Bolsonaro no Palácio do Planalto. Segundo a imprensa Teich teria divergido do uso irrestrito da cloroquina, defendido pelo Presidente da República.

Teich e Bolsonaro também vinham discordando sobre o plano de diretrizes para a abertura do país. Bolsonaro segue defendendo a adoção do isolamento vertical, enquanto especialistas defendem que algumas cidades terão que adotar o bloqueio total.

O Brasil atingiu em maio mais de 60 mortos por milhão de pessoas, índice que supera em mais de 50% a média mundial. A comparação com nossos vizinhos Argentina, Paraguai e Uruguai, mostra uma diferença ainda mais acentuada. Nestes países que fazem fronteira com o Brasil o índice de mortes por milhão é inferior a 10, indicando um impacto 6 vezes mais letal em nosso país do que nos vizinhos do cone sul (veja gráfico da imagem).

Em 15 de maio o Brasil contabilizava mais de 14 mil mortes oficiais pelo Covid-19 e um total de contaminados superior a 210 mil pessoas, mesmo com a insuficiência de testagem para o coronavírus reconhecida pelas autoridades sanitárias do país.

O Conselho Nacional de Secretários de Saúde (CONASS) afirmou, nesta sexta-feira (15), que está preocupado com a instabilidade no Ministério da Saúde. O comunicado foi divulgado após a exoneração do ministro Nelson Teich, que ficou menos de um mês no cargo. O texto declara que “não é o momento de jogar mais dúvidas neste cenário, que tem infligido tanta dor, sofrimento e morte aos brasileiros“.

A instabilidade e a falta de ações coordenadas e claras são inimigas da saúde e da vida“, disse o comunicado do órgão que reúne os secretários estaduais de saúde.

O Chefe de Emergências da Organização Mundial da Saúde (OMS), Michael Ryan, declarou, ao comentar a situação no Brasil, que “os governos precisam ter mensagem coerente no combate à pandemia“. 

O presidente da OAB também repercutiu a saída do segundo ministro da saúde em meio à pandemia. Segundo Felipe Santa Cruz, “com método e paciência, Bolsonaro vai destruindo o Brasil e semeando a morte e o descrédito“.

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