Senado aprova adiar ENEM por ampla margem
Com apenas um voto contrário, emitido pelo filho 01 de Jair Bolsonaro, o Senado aprovou proposta de adiamento do ENEM em meio à pandemia. Leia detalhes.
A suspensão das provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em razão do estado de calamidade pública, provocado pela pandemia do coronavírus, foi aprovada nesta terça-feira (19) no Plenário virtual do Senado, por 75 votos a 1. A matéria segue agora para análise da Câmara dos Deputados.
O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), responsável pelo Enem, marcou a aplicação do exame impresso para os dias 1º e 8 de novembro, e a versão digital para 22 e 29 de novembro. As inscrições estão abertas até o próximo dia 22. Já há quatro milhões de inscritos, de acordo com o Inep, e estão esgotadas as vagas para a prova digital.
O texto, do projeto aprovado estabeleceu que o Enem não poderá ser aplicado antes do término do ano letivo pelas escolas públicas que ofertam ensino médio.
O relator, Senador Izalci Lucas (PSDB/DF), disse que levou em conta a nota técnica do Conselho de Nacional dos Secretários de Educação (Consed) apoiando o adiamento. Ele lembrou que a maioria dos candidatos que se submeterão ao exame já concluíram o ensino médio e fizeram o Enem nos anos anteriores, enquanto outros não completaram dois meses de aula este ano.
“Se colocarmos esse alunos do ensino médio, que tiveram só dois meses de aula, para competir em igualdade com aqueles que já concluíram [o ensino médio], realmente a gente não estará fazendo nenhuma justiça e nenhum trabalho social“, disse Izalci.
No final o projeto foi aprovado com 75 votos favoráveis, 1 abstenção e 1 voto contrário. Apenas Flávio Bolsonaro, filho do presidente e investigado em esquema de “rachadinhas” quando era deputado estadual no RJ, votou contra o adiamento.
Fonte: Agência Senado