Passeio de tanques fumegantes contra a democracia

Por sindoif

Numa versão patética e piorada da “Corrida Maluca”, tanques fumegantes caindo aos pedaços desfilam em Brasília para intimidar o Congresso na data agendada para votação da PEC do voto impresso. Leia mais.

O trottoir militar organizado pela Marinha na terça, 10/8, para supostamente levar um convite para Jair Bolsonaro participar de um exercício que ocorrerá na cidade goiana de Formosa, gerou críticas em todo país.

O desfile foi realizado no mesmo dia agendado para ocorrer a votação na Câmara Federal da proposta de emenda constitucional (PEC) que visa implantar o voto impresso no Brasil a partir de 2022. A PEC do voto impresso foi recentemente rejeitada na comissão especial.

O ato para demonstrar a “força militar” do Bolsonarismo, com claro objetivo de intimidar os demais poderes da República, ocorreu logo após o TSE solicitar ao STF que investigue o presidente por ‘vazamento de inquérito sigiloso’ que teria acontecido em uma live recentemente realizada por Jair Bolsonaro.

O presidente da CPI da Covid no Senado, Omar Aziz (PSD/AM) criticou a absurda tentativa de intimidação. “Bolsonaro imagina com isso estar mostrando força, mas na verdade está evidenciando toda a fraqueza de um presidente acuado pelas investigações de corrupção […] Não haverá voto impresso, não haverá nenhum tipo de golpe contra a nossa democracia. As instituições, com o Congresso à frente, não deixarão que isso aconteça. A democracia tem instrumentos para defender a própria democracia contra arroubos golpistas“, disse durante sessão da CPI na própria terça-feira em que ocorreu o desfile militar.

O desfile dos tanques fumegantes da terça-feira (10) foi organizado pelo Ministério da Defesa e endossado pelo presidente Jair Bolsonaro para intimidar o Judiciário e o Legislativo e tentar passar uma demonstração de força no momento em que o governo está na defensiva em relação aos demais poderes e pressionado por manifestações de rua.

O objetivo seria passar a mensagem de que o presidente conta com o apoio das Forças Armadas tanto para atacar o Judiciário quanto para pressionar o Legislativo. E, dessa forma, poder tutelar a democracia no país.

Enfrentar a ameaça de ruptura democrática nas ruas

Precisamos reforçar os atos nas ruas contra o governo tanto nas datas nacionais, como 11/8 e 18/8, quanto nas atividades locais em cada cidade e região. Segue o calendário de lutas de agosto:

11/8 – quarta – Fora Bolsonaro e Mourão. Em Porto Alegre concentração na esquina democrática a partir das 17:30h.

12/8 – quinta – Luta contra a PEC 32. Em Osório ato na Praça da Matriz a partir das 11h.

13/8 – sexta – Luta contra a PEC 32. Em Porto Alegre ato contra a reforma administrativa em frente ao Auditório Dante Barone da Assembleia Legislativa a partir das 9h.

18/8 – quarta – Greve do Serviço Público. Em Porto Alegre ato em frente ao HPS a partir das 11h. 

18/8 – quarta – Fora Bolsonaro e Mourão. Em Porto Alegre ato no final do dia com local e trajeto a ser definido.

Sindicato é pra lutar, não para assistir! Fora Bolsonaro e Mourão!

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