UFRGS e FURG aprovam exigir passaporte vacinal

Em uma época onde a Reitoria do IFRS somente reproduz as opiniões da Procuradoria Federal, a UFRGS e a FURG estabelecem normativas que aprovam a exigência de comprovação de imunização completa para o retorno presencial.

Enquanto a Reitoria de nossa instituição traduz a opinião da Procuradoria Federal no IFRS como se fora decisão judicial, outras instituições federais de ensino no RS não receiam em aplicar o passaporte vacinal como medida de controle coletivo, quando se trata de organizar o retorno das atividades presenciais.

No caso do IFSULRIOGRANDENSE, por exemplo, além do comprovante vacinal haverá, ainda, a distribuição de máscaras nos modelos PFF2 e N95 – para garantir maior proteção à comunidade interna.

Recentemente a FURG também aprovou a exigência de passaporte vacinal em seu órgão máximo, o Consun (leia aqui). E a UFRGS aprovou o controle de imunização a partir de seu Comitê Covid (leia aqui), que atualizou o plano daquela instituição. 

Já o IFRS (leia mais) insiste, ao menos até o momento, na precarização das condições sanitárias de sua comunidade interna, sem cobrar passaporte vacinal, sem fornecer máscaras adequadas e, até mesmo, se descuidando ao permitir atividades em ambientes com janelas fechadas (veja aqui).

Atualmente o IFRS tem dois (2) campi, Bento Gonçalves e Farroupilha, que retornaram presencialmente. No momento tramita proposição de pelo menos mais um campus, Veranópolis, pedindo para reiniciar atividades presenciais ainda em 2021.

Qual a garantia que docentes, técnico-administrativos em educação, terceirizados e estudantes possuem em relação as condições do retorno presencial no IFRS? Em especial para aqueles e aquelas que já voltaram? A instituição irá fornecer máscaras adequadas e outros EPI’s? Irá rastrear os casos de contaminação positiva, a partir de testes RT-PCR ou antígeno, como está sugerindo a UFRGS? Foi avaliado o dimensionamento do quadro de terceirizados de limpeza, para atender o necessário aumento de frequência na higienização dos ambientes? Será restringido o uso de elevadores (ambientes fechados) apenas para pessoas com mobilidade reduzida, indicando o uso de escadas em prédios como o da Reitoria e do Campus Porto Alegre? Haverá compartilhamento de equipamentos (telefones, notebooks, computadores, mouses, teclados) nos setores administrativos e nos gabinetes de uso comum? São muitas perguntas que ainda não foram respondidas, em especial por se tratar de uma instituição que já iniciou o retorno presencial.

Cabe perguntar porque o passaporte vacinal pode ser cobrado na UFRGS, na FURG, no IFSUL, na USP, na UNICAMP … Será que estas instituições citadas (e existem outras mais) estão todas ‘fora da lei’?

É urgente que a Reitoria do IFRS escolha estar ao lado da ciência e da comunidade acadêmica. E deixe a AGU cuidando dos interesses de quem segue contestando a vacina, seja ao negar o passaporte vacinal ou para defender quem afirma que vacina causa AIDS.

Sindicato é pra lutar, não para assistir! Sindicalize-se no ANDES-SN!