Conquistas da greve: restaurantes e bibliotecas para o IFRS
O governo anunciou o investimento de 24,5 milhões de reais na infraestrutura de unidades existentes no IFRS, para novos restaurantes e bibliotecas em 11 dos 17 campi da instituição, fruto da conquista da greve da educação federal em 2024.
Dentro do programa Novo PAC, o governo federal anunciou o investimento na infraestrutura das unidades existentes no IFRS. Serão construídos 10 novos restaurantes acadêmicos e implantadas 5 novas bibliotecas, atingindo 11 das 17 unidades da instituição.
A conquista é fruto da greve da educação federal e foi anunciada pelo presidente Lula em 10 de junho, duas semanas após a malfadada assinatura de acordo entre o governo e a entidade fantoche Proifes, quando ficou nítido para o governo federal que ANDES-SN, FASUBRA e SINASEFE não iriam recuar sem que o orçamento de investimento e custeio das instituições federais de ensino fossem revistos.
O anúncio de Lula, à época, foi genérico e apontava investimentos gerais em universidades e institutos federais. O detalhamento do investimento no IFRS somente foi divulgado nesta semana, indicando a aplicação de recursos em infraestrutura fundamental para a permanência e o êxito de estudantes, como restaurantes e bibliotecas.
Os novos restaurantes serão implantados nos seguintes campi: Alvorada, Canoas, Caxias do Sul, Erechim, Osório, Ibirubá, Rio Grande, Rolante e Vacaria. As novas bibliotecas serão implantadas nos campi: Alvorada, Feliz, Restinga, Rolante e Vacaria.
Cabe registrar que a comunidade acadêmica do Campus Viamão aguarda o anúncio da liberação dos recursos necessários à viabilização de sua sede própria. Não é possível pensar em expansão, em Porto Alegre, Gramado, ou em qualquer outro local do estado, sem garantir estrutura própria para as atividades no sétimo maior município em população do Rio Grande do Sul, que funciona desde 2015 em condições precárias por conta do desinvestimento em educação ocorrido nos governos Temer e Bolsonaro.
Vamos cobrar do governo o compromisso com a comunidade acadêmica, com a comunidade externa e com o projeto de uma unidade do instituto federal em Viamão, que se iniciou em 2011, e aguarda há mais de uma década a construção de sua estrutura própria.
