Integrante da Proifes vota pela intervenção na UFRGS
Para a surpresa de ninguém, o Diretor de Relações Internacionais da Proifes-Federação e tesoureiro da Adufrgs Sindical, Eduardo Rolim de Oliveira, votou contra a destituição dos interventores da UFRGS no Conselho Universitário daquela instituição. Saiba mais.
Em votação do Conselho Universitário da UFRGS, ocorrida na sexta, 13, a ampla maioria de conselheiros e conselheiras votou pela destituição de Bulhões e Patrícia, interventores bolsonaristas que ocupam de forma ilegítima a Reitoria daquela universidade.
Os interventores Carlos Bulhões e Patrícia Pranke assumiram a Reitoria da UFRGS com a menor votação entre as 3 chapas que disputaram o recente pleito na instituição, tanto no que se refere a consulta junto a comunidade acadêmica quanto na elaboração da lista tríplice pelo órgão máximo da instituição.
Reunido na sexta, 13 de agosto, o Conselho Universitário da UFRGS votou resolução que encaminhou ao MEC pedido de destituição da Reitoria interventora, tendo a proposta sido aprovada por 59 votos favoráveis, 7 votos contrários, 5 abstenções e com registro de apenas 3 ausências.
A votação ocorreu de forma nominal e, portanto, foi possível observar quem se colocou ao lado da continuidade dos interventores bancados pelo Deputado Federal Bibo Nunes (PSL/RS), um dos expoentes do bolsonarismo no sul do país e alguém sem qualquer vinculação com a universidade pública ou com a ciência.
A votação nominal indicou que um dos fundadores da Federação Proifes, Eduardo Rolim de Oliveira, foi contra a destituição de Bulhões e Patrícia. O referido dirigente sindical está no Consun da UFRGS como representante do segmento docente da instituição. A dúvida que fica é se este voto representou a opinião sustentada pela maioria de professoras e professores daquela universidade.
Não chega ser novidade a postura de dirigentes da Adufrgs/Proifes contra a luta e a organização de professores e professoras, sempre apostando na atuação de bastidores e de gabinetes.
No momento em que servidoras e servidores públicos buscam construir uma grande greve em 18 de agosto, para enfrentar Bolsonaro e a PEC 32, a Adufrgs e a Proifes sequer chamaram à mobilização e, ao contrário, assistem de forma acrítica um dirigente destas organizações sindicais votar em favor da continuidade da intervenção em uma das maiores universidades do país.
Venha lutar com o ANDES Sindicato Nacional. Somos contra as intervenções em universidades, institutos federais e CEFET. Construa a luta pela autonomia e contra as intervenções. Procure a Seção Sindical do ANDES-SN em sua instituição. Sindicato é pra lutar, não para assistir!