Desmonte do serviço público e privatização fazem mal ao Brasil, destroem seu patrimônio e seus direitos
O país vive uma de suas maiores crises política e econômica, geradas a partir de um golpe de setores das elites brasileiras, contra o povo e qualquer política que represente algum avanço para os trabalhadores e trabalhadoras.
Nos últimos anos temos visto ataques aos direitos básicos dos trabalhadores e trabalhadoras, como a aprovação da lei que autoriza as terceirizações em atividades fins, o que acaba com a CLT, agora uma reforma da previdência, baseada na mentira de que a previdência está quebrada, o que vai dificultar muito as possibilidades de aposentadorias. O governo de Temer, atolado em corrupção, desmonta, privatiza ou busca a privatização de importantes empresas estatais patrimônio do povo, entrega o petróleo do pré-sal. A alta no valor dos combustíveis e do gás de cozinha, que afeta todos os trabalhadores e que foi um dos motivos da movimentação que paralisou o país na última semana, é um dos resultados desta política de entrega do estado e do patrimônio dos brasileiros.
Ao mesmo tempo, o governo Temer ataca os serviços públicos, retirando verbas de programas sociais, saúde, educação e outros. Aprova uma lei (Emenda Constitucional 95) que congela investimentos públicos pelos próximos 20 anos, o que vai prejudicar diretamente toda a população que depende dos serviços básicos oferecidos pelos estados, municípios e governo federal.
Na área da educação, houveram cortes de verbas que colocam em risco o funcionamento de instituições de ensino. Ameaçam o oferecimento de bolsas de estudos importantes para os estudantes, retiram assistência estudantil, impedem compra de livros e a abertura de novas vagas, entre outros problemas.
Para se ter uma ideia dos cortes de recursos para a educação, no IFRS em 2012 se atendia 12 mil estudantes em 12 campi com um orçamento de 54 milhões de reais. Em 2017 atendemos 19 mil estudantes em 17 campi, entre eles o de Viamão, e os recursos diminuíram para 50 milhões de reais. Em 2018 a previsão é de atender 22 mil estudantes com apenas 45 milhões de reais. Apesar dos esforços de educadores e educadoras para atender cada vez mais estudantes, o governo corta recursos de onde não se deveria economizar, como na saúde e educação.
Tudo para deslocar dinheiro para pagar juros abusivos da absurda dívida pública aos banqueiros, que se apropriam de aproximadamente metade de todos os recursos do governo federal. É a “bolsa-banqueiro” que impede que se tenha dinheiro para os serviços públicos.
Por estes motivos temos promovido manifestações em defesa dos serviços públicos. O governo Temer tem nos obrigado a sairmos das salas de aulas e tomarmos as ruas em defesa da educação. Não podemos mais ficarmos parados diante das injustiças promovidas por este governo ilegítimo.
Neste dia 07 de junho novamente teremos um “dia nacional de lutas em defesa dos serviços públicos” em que ocorrerão manifestações em todo o país, promovidas por servidores públicos preocupados em garantir que o estado siga funcionando para atender os que mais precisam, em defesa da previdência social, da educação pública, gratuita e de qualidade e dos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras.
Pela revogação imediata da Emenda Constitucional 95
Contra a privatização
Venha nos ajudar a defender o Brasil!