A luta docente e a história das greves do ANDES
Neste momento de mobilização e organização de uma greve unificada do serviço público federal, o ANDES-SN publica um estudo sobre greves docentes entre 1980 e 2016, relatando a duração do movimento, o quantitativo de instituições que aderiram e o resultado de cada greve.
O estudo indica que o Sindicato Nacional de Docentes das Instituições de Ensino Superior (ANDES-SN) participou de 21 greves nos últimos 42 anos. Em muitas delas, as bases do Sinasefe e da Fasubra também aderiram, ampliando o escopo do movimento para todos os trabalhadores e todas as trabalhadoras das universidades, institutos federais e CEFET do país.
A greve mais longa foi a de 2015, com 139 dias de duração. E a mais curta foi a que ocorreu em 1981, que durou 20 dias. Algumas foram emblemáticas, como em 1993, ano em que pela 1ª vez o movimento estudantil apoiou abertamente uma greve docente. Outras foram frustrantes, como a de 2016, cujo objetivo principal era evitar a aprovação da Emenda Constitucional nº 95 (então PEC 55/2016), o famigerado “teto dos gastos”. Apesar da derrota, a greve apontou para todas as categorias do serviço público a necessidade da luta contra o congelamento dos investimentos nas áreas sociais, como saúde e educação.
Leia na íntegra o material intitulado “A luta sindical a partir das greves do ANDES-SN ao longo da história” e conheça um pouco mais sobre cada movimento paredista que teve a participação do maior sindicato de docentes das instituições de ensino superior do país.
A greve nunca é o passo inicial para a conquista de direitos e para o atendimento de reivindicações. Conforme temos feito na construção da greve unificada, ela deve ser precedida pela elaboração da pauta de reivindicações, sua posterior aprovação pela categoria, sua apresentação perante a autoridade estatal competente e medidas concretas (ou ao menos tentativas) de negociação desta pauta. Toda a parte de elaboração e apresentação da pauta já foi feita, mas o governo Bolsonaro insiste em não abrir mesa de negociação. Temos muitos motivos para lutar e deflagrar greve em 2022, veja alguns:
🚩 Nossos salários estão congelados e defasados, em um contexto de inflação galopante
🚩 O inicial na carreira EBTT está abaixo do piso nacional da educação básica
🚩 O projeto de escolas cívico-militares ataca a liberdade de ensinar
🚩 O processo de intervenção segue em muitas universidades
🚩 A redução da assistência estudantil empurra estudantes para a evasão
🚩 O ensino médio integrado está ameaçado pelo projeto do NEM
🚩 O futuro das instituições federais depende da revogação do “teto de gastos” (EC 95/16)
🚩 Nossa carreira está em risco e o serviço público pode ser privatizado com a PEC 32
Venha para a luta unificada dos SPF contra o congelamento salarial, pela revogação imediata do “teto dos gastos” (EC/95), pela recomposição do orçamento das universidades, institutos federais e CEFET e pelo arquivamento da PEC 32 (reforma administrativa).
Construa a luta unificada e participe de um sindicato classista com mais de 75 mil sindicalizados e sindicalizadas em todo Brasil. Venha para o ANDES Sindicato Nacional e ajude a construir uma organização sindical com 41 anos de lutas. Sindicalize-se online aqui.