Reunião entre ANDES, FASUBRA e SINASEFE inicia construção da greve da educação

Por sindoif

No sábado, 21, uma reunião ampliada entre ANDES-SN, FASUBRA e SINASEFE, com a participação da UNE, UBES e FENET, iniciou a construção de uma greve unificada da educação federal que deverá contar com o apoio das entidades estudantis.

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A reunião ampliada do ANDES-SN, FASUBRA e SINASEFE ocorreu em Brasília durante a tarde do sábado, 21, contando com a participação das direções nacionais das três organizações sindicais e com representantes das entidades de base, em um evento híbrido que teve a participação de lideranças da UNE, da UBES e da FENET.

Na reunião foi apontada a disposição de greve de docentes e técnico-administrativos em educação em todo país e contextualizada as dificuldades de mobilização que precisam ser superadas em universidades federais, institutos federais e CEFET.

Foi realizado um balanço de entidades que já estão em greve, como o caso do Sintufsc, da base da FASUBRA, que iniciou o movimento paredista entre as e os técnico-administrativos em educação em 4 de abril (leia aqui). Outros sindicatos vinculados à FASUBRA indicaram a possibilidade de chegar na plenária nacional da entidade, agendada para acontecer entre 3 e 5 de junho, com greve deflagrada – como foi o caso das bases na UFRJ, UFMG, CEFET/MG e UFPA.

Na base do SINASEFE a greve iniciou pelo IFMG e cresceu significativamente na última semana, com a adesão de diferentes bases (IFBA, IFMT, IFSul, entre outras). No RS, o maior campus do IFSul, localizado na cidade de Pelotas, teve seu calendário suspenso em 19/05 por conta da força da greve (leia o comunicado aqui). Na semana que se inicia em 23 de maio, outras seções do SINASEFE têm assembleias agendadas para tratar da deflagração da greve.

No ANDES-SN a greve foi deflagrada para iniciar em 23 de maio em 7 seções sindicais, nas bases do CEFET/MG; da UFFS; da UFOP; da UFAC, da UFSJ, da UFRO e do IFRS. O indicativo de greve também foi aprovado em outras 8 seções sindicais, que deverão agendar a data de deflagração da greve. São as bases das UFRR, da UFES, da UFPel, da UFF, da UFMT, da UFPA da UFT e da UFAPE.

Reunião do Setor das Federais do ANDES-SN

Na sexta-feira, 20, durante todo o dia, o Setor das Federais do ANDES Sindicato Nacional esteve reunido para debater a greve unificada e deliberar sobre os próximos passos do movimento.

Algumas seções sindicais apontaram dificuldades na construção da mobilização, seja por conta do recesso entre períodos letivos em suas respectivas instituições ou por ainda estar em ambiente de ensino remoto, tendo previsão de voltar com calendário presencial apenas em junho.

Após intenso debate, que contou com a participação dos professores Rafael Brinkhues (Campus Viamão) e André Martins (Campus Porto Alegre), representando a base do SINDOIF, por ampla maioria entre as seções sindicais presentes foi deliberado aprovar o indicativo de greve em nível nacional e iniciar a construção do movimento.

Como desdobramento da aprovação deste indicativo foi deliberado constituir o Comando Nacional de Mobilização de forma ampliada. O CNM deverá ser composto por, no mínimo, 6 integrantes, podendo ser ampliado a partir de deliberação da próxima Reunião do Setor das Federais (que foi agendada para ocorrer em 11/6). O CNM irá utilizar o Fundo de Mobilização e Greve do ANDES-SN para custear as despesas com a luta. Cada semana as seções sindicais irão indicar integrantes para compor o CNM, seja a partir das seções sindicais em greve ou por aquelas que ainda estejam construindo a mobilização para a deflagração do movimento paredista.

A reunião do setor de 20 de maio aprovou, ainda, um calendário de mobilizações em Brasília, com duas datas que deverão ser construídas de forma unitária. Um Ocupa Brasília do FONASEFE com todas as categorias do serviço público federal, em 30/5, para tratar da pauta unificada (recomposição salarial, revogação da EC/95, arquivamento da PEC 32); e outro Ocupa Brasília com ANDES-SN, FASUBRA, SINASEFE, UNE, UBES, FENET e ANPG, em 10/6, para pressionar o governo em relação a pauta da educação.

Greve Já!

No IFRS, as professoras e os professores do Campus Alvorada, do Campus Canoas, do Campus Osório, do Campus Porto Alegre, do Campus Restinga, do Campus Rolante e do Campus Viamão deliberaram, em assembleia geral, pela deflagração imediata da greve unificada a partir da segunda-feira, 23 de maio (leia aqui e aqui). A construção da greve inicia nesta semana e cada campus deverá organizar seu comando local de greve. A próxima assembleia está agendada para ocorrer na quinta-feira, 26/5, no formato híbrido e a partir das 16h30min, com a parte presencial ocorrendo no Campus Restinga.

Venha para a luta unificada contra o congelamento salarial, pela revogação imediata do “teto dos gastos” (EC/95), pela recomposição do orçamento das universidades, institutos federais e CEFET e pelo arquivamento da PEC 32 (reforma administrativa).

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