Assembleia docente aprova continuidade da greve no IFRS
A assembleia geral docente ocorrida na quarta, 15, no Campus Porto Alegre, aprovou por maioria absoluta entre os e as presentes a continuidade do movimento paredista no IFRS.
A assembleia geral ocorreu no formato híbrido, com sua estrutura presencial no Campus Porto Alegre. Foi a 7ª assembleia na modalidade híbrida, de acordo com recentes mudanças ocorridas no Estatuto do ANDES-SN e que visam propiciar maior participação nas atividades em seções sindicais que se organizam em instituições com multicampia.
Contando com acessibilidade em libras para propiciar a inclusão de toda base docente e com a participação de mais de 50 professoras e professores, a assembleia geral de 15 de junho tratou de avaliar o cenário de greve em nível local e nacional, debatendo a continuidade ou suspensão do movimento grevista no IFRS.
Após os debates, foram encaminhados para votação duas propostas que surgiram nas diferentes avaliações do cenário local e da conjuntura nacional. A primeira proposta previa a suspensão da greve e o retorno das atividades em 20 de junho. A segunda proposta previa a continuidade do movimento grevista, mantendo a previsão de uma assembleia geral a cada semana, como tem sido feito desde o início do movimento paredista no IFRS, em 23 de maio.
Após a votação entre os professores e as professoras presentes na assembleia híbrida, os resultados foram os seguintes: 30% a favor da suspensão da greve; 51% a favor da manutenção da greve e 19% de abstenções.
Desta forma, a maioria absoluta das e dos docentes presentes aprovou a continuidade da greve e a assembleia delegou ao comando de greve a responsabilidade de agendar nova AG para quarta ou quinta-feira da próxima semana, definindo local e horário.
Para o integrante do comando de greve e professor do Campus Porto Alegre, André Martins, o movimento entrará em suas últimas semanas. “Desde a deflagração ficou claro que a disposição para a greve em nossa base tem um limite no tempo, que é o final do mês de junho“, disse. “A maioria na assembleia decidiu aproveitar a segunda quinzena de junho para continuar o diálogo com estudantes e a sociedade a respeito da defesa da educação pública e de nossas pautas, em especial depois do corte de 2,28 milhões de reais no orçamento do IFRS que aconteceu recentemente“, completou André.
Na semana entre 20 e 24 de junho a greve docente no IFRS vai completar um mês desde seu início. Logo após, em 25 de junho, está agendada nova reunião do setor das federais do ANDES-SN para avaliar o quadro nas seções sindicais das universidades federais, dos institutos federais e dos centros federais de educação tecnológica. E verificar quantas seções sindicais vão aderir ao indicativo de greve apontado pelo Sindicato Nacional.
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