Solidariedade às vítimas do ciclone no RS

Por sindoif

Entidades da sociedade gaúcha lançaram campanhas de arrecadação e solidariedade para ajudar as vítimas do ciclone extratropical que atingiu o RS no início de setembro. O SINDOIF irá arrecadar recursos para comprar materiais e alimentos que serão disponibilizados à Defesa Civil do estado.

A campanha do SINDOIF (e de tantas entidades da sociedade civil) se faz necessária para ajudar a minimizar os problemas decorrentes do despreparo do governo gaúcho e do negacionismo ambiental de Eduardo Leite.

Para a arrecadação de valores criamos uma chave PIX a partir do seguinte e-mailpix.solidario@proton.me que está associado ao QR Code abaixo, gerando a identificação das doações de solidariedade na conta do SINDOIF no banco Cora Digital.

O SINDOIF se compromete a divulgar em suas redes sociais tanto o montante arrecadado quanto o destino dos valores recebidos a partir desta campanha de solidariedade.

O despreparo do governo gaúcho

Com mais de 40 mortos em todo RS, quantitativo que deve subir por conta de desaparecidos nas principais regiões atingidas, é no mínimo estarrecedor verificar o despreparo do executivo gaúcho ao enfrentar desastres ambientais, pois nada parece ter evoluído após a passagem do ciclone extratropical que devastou o litoral norte do estado em junho passado.

O negacionismo climático do governador Eduardo Leite chegou ao ápice na entrevista desrespeitosa que concedeu ao jornalista André Trigueiro, no programa “Em Pauta”, da GloboNews, na quarta, 06. O governador gaúcho acusou o jornalista de não ter “empatia” com o RS ao questionar o “esforço” do executivo gaúcho para atender a população atingida.

“Quando ocorre um evento dessa escala, dessa ordem de grandeza de tanta dor e sofrimento, é nosso dever fazer perguntas. É o meu ofício”, comentou André Trigueiro. (…) E continuou: “Eu falei de cultura de prevenção, que não necessariamente se resolve apertando botão em quatro anos. (…) Não estou culpando ninguém”, concluiu o jornalista.

Eduardo Leite afirmou que “os modelos matemáticos previram as chuvas, em intensidade, mas não previram o volume de cerca de 300 milímetros nas diversas bacias hidrográficas da zona Norte do estado, da região Noroeste, da região Serrana, do Vale do Taquari”.

A declaração do menino mimado e arrogante, que usa o Palácio do Piratini para brincar de governar, foi desmentida pela Nota Oficial da Metsul Meteorologia (leia aqui).

A opinião de quem estuda o clima

As chuvas torrenciais que inundaram cidades inteiras e provocaram cerca de 60 mortes em junho e setembro no Rio Grande do Sul podem ser explicadas, em parte, por condições planetárias responsáveis por criar um novo padrão climático no estado, mais sujeito a eventos severos, segundo a opinião de professores da UFRGS e da UFPel ouvidos pelo grupo RBS.

Segundo o glaciologista e pesquisador do Centro Polar e Climático da UFRGS, Jefferson Cardia Simões, os eventos atuais serão o novo normal para o RS. “Infelizmente, vamos ver isso cada vez mais. Temos de pensar em termos de um novo normal climatológico. Todos os cenários já mostravam que os eventos severos deveriam ser mais frequentes, o que surpreende é que isso está ocorrendo mais rapidamente do que se imaginava… uns 10, 15 anos adiantados”, disse.

“Há 40 anos, cada década é mais quente do que a anterior. Por isso, observamos uma severidade cada vez maior não apenas na chuva, mas também nos períodos de seca”, avalia a professora da Faculdade de Meteorologia da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) Eliana Klering.

Novo alerta de formação de ciclone extratropical foi emitido pela Defesa Civil do RS para o final de semana entre 8 e 10 de setembro.

* com informações do ClicRBS.

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