Um país destroçado pelo genocídio de Jair Bolsonaro
Na segunda-feira (20), às 20h, segundo levantamento do consórcio de veículos de imprensa a partir de dados das secretarias estaduais de saúde, o Brasil atingiu 80.251 mortes. A média móvel de novas mortes no país nos últimos 7 dias foi de 1.047 óbitos, uma variação de +2% em relação aos dados registrados em 14 dias. O governo genocida segue sem qualquer estratégia real de enfrentamento à pandemia.
A pandemia continua ascendente nas grandes cidades e avança nos municípios do interior, atingindo e matando principalmente trabalhadores e trabalhadoras, negros e negras e o povo pobre das periferias. A doença tem alta letalidade e disseminação, atingindo centralmente as pessoas que vivem em condições precárias nas favelas e bairros proletários, em grandes aglomerações, sem acesso ao saneamento e à água encanada.
As medidas de “flexibilização” do isolamento social, terminologia usada para impulsionar a retomada de atividades econômicas não essenciais, frequentemente defendidas por Bolsonaro, governadores e prefeitos de inúmeras cidades, estão na contramão das orientações da Organização Mundial de Saúde e do conhecimento científico. Atendem, apenas, às pressões e os interesses de segmentos empresariais.
A tendência em muitos estados, como o caso do RS, é que os números continuem a crescer, de forma ainda mais radical, aumentando os índices de infectados e mortos. A adoção do lockdown seria inevitável, caso houvesse de fato o objetivo de combater a pandemia. Ao contrário, fica escancarada a intenção, da parte do governo federal, estadual e de muitos municípios, de deixar morrer grandes contingentes da população.
Jair Bolsonaro apostou no caos, negando a expansão da pandemia e propondo o fim do isolamento social, recusando-se a adotar qualquer ação efetiva que garantisse o amplo acesso à renda básica aos mais de 50 milhões de trabalhadores que se encontram em condições extremamente precárias, sem emprego ou lutando pela sobrevivência como vendedores ambulantes, motoristas ou entregadores de aplicativos, dentre outros.
Não satisfeito, demitiu dois ministros da Saúde, os quais acabaram se chocando com a orientação anticientífica e negacionista do próprio presidente. Suas ações nessa área contribuem para desarticular ainda mais o sistema público de saúde, o SUS, cujo desmonte já vinha sendo promovido pelos governos anteriores, em favor dos interesses das empresas privadas do setor.
No momento em que o país atinge mais de 80 mil mortos, e aproximadamente 1% da população contaminada pelo covid-19, é fundamental reforçar a luta pelo fim imediato do governo Bolsonaro-Mourão. Não é possível seguir naturalizando o caos.
#ForaBolsonaro
#ForaMourao
Sindicato é pra lutar, não para assistir.