Crescimento da pandemia retrata Brasil de Bolsonaro

Por sindoif

Brasil ultrapassa marca de 8 milhões de infectados e tem mais de 201 mil mortos pela pandemia de covid-19, segundo dados divulgados na sexta, 8. Leia mais.

Em números absolutos, o Brasil é o segundo país com mais mortes pela doença em todo o mundo. Ele está atrás apenas dos Estados Unidos, que têm mais de 363,5 mil óbitos por covid-19, conforme levantamento da Universidade Johns Hopkins (veja aqui).

O Estado com maior número de vítimas fatais é São Paulo (48.029), seguido de Rio de Janeiro (26.480) e Minas Gerais (12.469).

O Brasil acumulou um total de 8.013.708 casos de covid-19 e 201.460 mortos pela doença, segundo boletim do Conselho Nacional de Secretários da Saúde (Conass) divulgado nesta sexta-feira (8/01).

O gráfico a seguir mostra a evolução de contaminação pela covid-19 no Brasil e foi elaborado pelo site Our World in Data, um projeto vinculado à Universidade de Oxford, no Reino Unido.

Na américa latina os números mostram o tamanho do descaso do governo Bolsonaro na comparação com outros países.

O gráfico abaixo mostra o quantitativo diário oficial de vítimas da Covid-19 no país, apontando crescimento expressivo desde o início da 2ª onda da pandemia em dezembro.

Para o médico Ricardo Schnekenberg, pesquisador da Universidade de Oxford, o Brasil precisa entrar em lockdown com suporte financeiro para trabalhadores e empresários e coordenação do governo federal.

“É uma medida ruim, que ninguém quer tomar, mas, diante da situação atual, é a única possível. Outras medidas não gerarão efeito suficiente no tempo que temos até a vacina ser implementada. Não estamos na mesma situação de março, em que se falava em lockdown e não tinha perspectiva de quanto tempo iria demorar. Agora (com as vacinas) temos um horizonte muito mais próximo. É uma medida de curto prazo, que não faz o vírus desaparecer, mas reduz o número de casos para que outras sejam implementadas e tenham efeito a longo prazo”, disse o médico em entrevista ao G1.

“Na situação em que o Brasil está, com transmissão comunitária em graus tão elevados, outras medidas de controle não são efetivas. Só se consegue controlar de outras formas até um certo número de casos simultâneos. Por isso os países europeus, como o Reino Unido, entraram em lockdown novamente. Quantas pessoas toleramos morrer por dia ou por semana em decorrência dessa doença, sem tomar nenhuma medida mais drástica? Essa é uma decisão moral que a sociedade deve fazer. Quando se está com os hospitais lotados, a situação caótica, é necessário uma medida drástica, intensa, que gere resultado em um curto espaço de tempo”, complementou Schnekenberg.

Na sexta, 8, manifestantes fizeram um ato em Brasília em frente ao Palácio do Planalto pedindo vacinação para toda a população e o impeachment de Bolsonaro.

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